Até o século XIX considerava-se que todos os seres vivos existentes se apresentavam como sempre tinham sido, porém, no século XVIII, as pessoas começaram a duvidar de que os seres vivos haviam sido criados de forma espontânea ou por criação divina. Bio, do grego, significa vida, e gênese, origem, então em uma tradução livre podemos explicar que biogênese é a origem que provém da vida, ou seja, o ser vivo surgiu a partir de outro ser vivo.
Tentando resolver este problema de como surgiu a vida, a ciência se depara com outro enigma: "Se a vida surge de uma vida preexistente, como e quando apareceu o primeiro ser vivo?" A partir dessa dúvida a questão da biogênese passou a fazer parte da teologia também.
As primeiras moléculas orgânicas teriam sido produzidas a partir dos gases que compunham a atmosfera primitiva. São eles: metano, amônia, hidrogênio e vapor d'água. Esses gases teriam sido exportes a descargas elétricas durante as violentas tempestades que ocorriam na Terra há cerca de 3,8 bilhões de anos e à radiação ultravioleta emitida pelo Sol. A partir dessa hipótese, em 1938, Alekandr Oparin propôs sua teoria, a chamada "Teoria da Coacervação". Ela afirmada que as moléculas que haviam sido produzidas na situação descrita anteriormente haviam se transformado em substâncias mais complexas e variadas.
Dessa forma, teria surgido os compostos essenciais à vida: aminoácidos, ácidos graxos, açúcares e ácidos nucleicos. A reunião desses compostos constituiu os sistemas coloidais, formados por moléculas, e os coacervados, aglomerados proteicos (daí o nome de sua teoria), que teriam sido os precursores das formas de vida mais simples.
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